Após recorde de público, Masp abre até meia-noite com horários gratuitos na última semana de Monet
Exposição “A Ecologia de Monet” traz leitura contemporânea sobre a relação de Claude Monet (1840–1926) com a natureza Eduardo Ortega Após bater reco...

Exposição “A Ecologia de Monet” traz leitura contemporânea sobre a relação de Claude Monet (1840–1926) com a natureza Eduardo Ortega Após bater recorde histórico de público, o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) ampliará o horário de funcionamento até a meia-noite e oferecerá mais períodos de entrada gratuita na última semana da exposição “A Ecologia de Monet”. Com 440 mil visitantes, a exposição já ultrapassou os números da até então mais visitada mostra do Masp, a de Tarsila do Amaral, em 2019. Naquele ano, 402.850 visitaram "Tarsila Popular". 🖌️ A exposição traz uma leitura contemporânea sobre a relação de Claude Monet (1840–1926) com a natureza, as transformações ambientais, a modernização da paisagem e as tensões entre ser humano e natureza. O último dia para aproveitar a exposição é sábado (6). Confira os horários dessa semana: Terça-feira (2): 10h às 24h (ingressos gratuitos durante todo o dia) Quarta-feira (3): 10h às 18h Quinta-feira (4), sexta-feira (5) e sábado (6): 10h às 24h (ingressos gratuitos das 18h às 23h) ➡️ É necessário reservar os ingressos com antecedência no site. A canoa sobre o Epte, circa 1890 - Claude Monet - Óleo sobre tela, 133,5 x 146 x 3 cm João Musa 'A Ecologia de Monet' É possível apreciar 32 obras que atravessam diferentes fases da carreira do artista, um dos fundadores e principais expoentes do movimento impressionista. Os trabalhos são datados entre 1870 e 1920. Pela primeira vez no hemisfério sul, a exposição tem curadoria de Adriano Pedrosa (diretor artístico do MASP) e Fernando Oliva (curador), e assistência de Isabela Ferreira Loures (assistente curatorial). A mostra é organizada em cinco núcleos temáticos: Os barcos de Monet, O Sena como Ecossistema, Neblina e Fumaça, O Pintor como Caçador e Giverny: Natureza Controlada. No núcleo “Neblina e Fumaça”, a exposição mergulha no olhar de Monet sobre as transformações urbanas que marcaram o século XIX, como a ascensão da energia a vapor, o aumento de fábricas e o uso intensivo do carvão, práticas que alteraram drasticamente o cenário das cidades. Em algumas obras é possível notar a representação do ar denso, carregado pela fumaça das indústrias. Já o núcleo “Giverny: Natureza Controlada” traz à tona a relação íntima de Monet com os jardins que ele próprio cultivou em sua casa em Giverny, onde viveu por mais de 40 anos. Obras como A ponte japonesa (1918–1926) e A ponte japonesa sobre a lagoa das ninfeias em Giverny (1920–1924) revelam esse universo particular. No núcleo “O Sena como Ecossistema”, a exposição destaca a presença constante da água na obra de Monet. Nascido em Le Havre, no norte da França, onde o rio Sena encontra o Atlântico, o artista desenvolveu uma relação profunda com o curso d’água que o acompanhou ao longo da vida. Nas obras expostas em São Paulo, o destaque é a pintura “Os barcos de Monet”, onde cores vibrantes transmitem não apenas a correnteza do rio, mas também a intensidade da relação de Monet com esse ambiente. Water Lilies (Nymphéas), 1907 - Claude Monet - Óleo sobre tela , 92 x 81 cm Thomas R. DuBrock No núcleo “O Pintor como Caçador”, a exposição revela o lado explorador de Monet, um artista que caminhava por horas em busca da paisagem ideal. Monet chegou a se aventurar por trilhas e trechos remotos, em busca de novos ângulos, chegando a visitar a costa francesa e até outros países, como a Holanda. O olhar do pintor se desloca como o de um caçador atento, em busca de encontros únicos com a luz, a paisagem e o instante. “A Ecologia de Monet” integra a programação anual do MASP dedicada às Histórias da ecologia. A programação do ano também inclui mostras de Hulda Guzmán, Mulheres Atingidas por Barragens, Frans Krajcberg, Clarissa Tossin, Abel Rodríguez, Minerva Cuevas e a grande coletiva Histórias da ecologia. Serviço Ingressos: R$ 75 (entrada); R$ 37 (meia-entrada) Local: MASP - Avenida Paulista, 1578 – Bela Vista, São Paulo Observação: agendamento on-line obrigatório pelo link masp.org.br/ingressos