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Cabeleireiro achado amarrado e morto pode ter sido estrangulado e asfixiado, aponta laudo preliminar

Cabeleireiro é encontrado morto, amarrado e amordaçado em Pinheiros, Zona Oeste de SP O cabeleireiro achado amarrado e morto em sua casa na Zona Oeste de São...

Cabeleireiro achado amarrado e morto pode ter sido estrangulado e asfixiado, aponta laudo preliminar
Cabeleireiro achado amarrado e morto pode ter sido estrangulado e asfixiado, aponta laudo preliminar (Foto: Reprodução)

Cabeleireiro é encontrado morto, amarrado e amordaçado em Pinheiros, Zona Oeste de SP O cabeleireiro achado amarrado e morto em sua casa na Zona Oeste de São Paulo pode ter sido estrangulado e asfixiado, aponta laudo pericial preliminar da Polícia Técnico-Científica. Exames complementares estão sendo feitos pelo Instituto Médico Legal (IML) para concluir como José Roberto Silveira, de 59 anos, conhecido como Betto Silveira, foi assassinado. O corpo dele foi encontrado no último sábado (22), no bairro Alto de Pinheiros. O caso é investigado como homicídio pela Polícia Civil. Até a última atualização desta reportagem, nenhum suspeito pelo crime havia sido identificado e preso. O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) analisa câmeras de segurança para tentar identificar quem são os dois homens que aparecem nas imagens deixando a residência da vítima na madrugada do sábado passado (veja vídeo abaixo). Eles são, até o momento, os únicos suspeitos de envolvimento no caso. Aparentemente nenhum objeto de valor foi roubado de Betto. Também é apurado o que motivou o crime. Segundo a delegada Ivalda Aleixo, diretora do DHPP, ao menos duas pessoas podem estar envolvidas diretamente no assassinato. "Tudo indica que realmente foi um homicídio. Pode ter sido praticado por mais de uma pessoa. A investigação ainda não definiu exatamente a autoria. Nós temos suspeitos, mas não temos como fechar isso. Pode ter sido praticado por mais de uma pessoa", afirmou a delegada. Corpo achado amarrado Betto Silveira, o cabeleireiro de 59 anos encontrado morto na Rua Pio XI, Alto de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo. Reprodução/Instagram O corpo de Betto foi encontrado no quarto, caído no chão, ao lado da cama, por um sócio e uma prima, após ele não responder a mensagens e ligações. A vítima morava em um sobrado com a mãe e mantinha um salão de beleza no andar de baixo do imóvel. Betto estava sem roupas, de joelhos no chão, com sinais de asfixia e de agressão. Segundo a Polícia Militar (PM), que atendeu a ocorrência após ter sido chamada pelas testemunhas, o cadáver estava amarrado com fios de telefone ao redor dos joelhos e punhos. Uma das hipóteses dos peritos é a de que criminosos usaram a fiação para estrangular a vítima. Sob a cabeça do cabeleireiro estava um travesseiro. A boca dele estava "amordaçada por uma toalha de rosto presa com um fio branco semelhante ao de carregador", informa trecho do boletim de ocorrência do caso, registrado inicialmente no 14º Distrito Policial (DP), Pinheiros. Ainda segundo o relato dos policiais militares que foram até o imóvel, além dos sinais de asfixia, havia marcas de agressões pelo corpo de Betto. "Constatou-se ainda equimoses nos braços, ombros e região nasal", informa o registro policial. "No braço direito, verificou-se lesão compatível com marca de mordida". Faca e sangue Vídeo mostra dois homens saindo de casa de cabeleireiro antes de ele ser encontrado morto Outro fato que chama a atenção dos investigadores é a faca encontrada na pia do banheiro da casa. Ela não estava manchada de sangue. Mas foi encontrado sangue no travesseiro e num lençol do quarto. Peritos da Polícia Científica também analisam o material encontrado na residência para saber se o sangue é de Betto e se a faca foi usada para ameaçá-lo. Aparentemente a vítima não teria sido esfaqueada. No mesmo imóvel moram a mãe idosa do cabeleireiro e dois inquilinos, que alugam os fundos da casa. Os três foram ouvidos como testemunhas e disseram à polícia não ter ouvido ou visto nada de diferente na residência. Um detalhe: um dos locatários contou que, no início da madrugada, Betto "bateu na sua porta pedindo uma [folha de] seda e uma toalha". A seda seria usada para consumir maconha. E que diante disso pensou que o cabeleireiro estava com alguém mais no imóvel. O DHPP está ouvindo depoimentos de outros familiares e amigos da vítima para tentar buscar informações que possam ajudar a esclarecer o assassinato. Já se sabe que um ex-namorado havia dado queixa antes à polícia contra Betto – que o estaria ameaçando após o término do relacionamento há cerca de dois meses. Após o fim do namoro, Betto entrou num aplicativo de relacionamentos, onde conheceu outros homens com os quais se relacionou. Uma vizinha contou à polícia que ouviu barulhos e vozes na madrugada, além do portão sendo aberto, mas não percebeu que poderia se tratar de uma situação de violência. "O veículo utilizado pela vítima, obtido por meio de locação, foi apreendido e periciado, e a equipe trabalha no mapeamento dos trajetos percorridos, com o objetivo de reconstruir os momentos anteriores e posteriores ao crime", informa trecho da nota da Secretaria da Segurança Pública (SSP) sobre a investigação do caso pela polícia. Quem era a vítima? Betto nasceu em Garça e trabalhava como cabeleireiro em São Paulo Reprodução/Arquivo pessoal Betto nasceu em Garça, município com pouco mais de 40 mil habitantes no interior de São Paulo. Ele vivia na capital há cerca de 30 anos. Ele era cabeleireiro conhecido em Pinheiros e mantinha seu salão no piso inferior do sobrado onde morava. Também era o principal responsável por cuidar da mãe de 98 anos. Amigos afirmaram à polícia que ele era carinhoso com a mãe, muito sociável e costumava receber pessoas em casa. "Ele cuidava muito, muito da mãe dele. Ele tinha quatro pugs também. Além de tudo, ele gostava de animais", contou o amigo Thiago Souza à TV Globo. Betto tinha 59 anos e morava com a mãe idosa Reprodução/Arquivo pessoal LEIA MAIS: O que se sabe sobre morte de cabeleireiro encontrado amarrado em casa em Alto de Pinheiros Polícia tenta identificar homens que saíram a pé de casa de cabeleireiro encontrado morto

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