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Conheça o Verão no Clima e sua batalha contra o lixo nas praias paulistas

Verão no Clima foca em conscientizar sobre o lixo nas praias Divulgação A chegada do verão traz um aumento significativo do fluxo de turistas no litoral pau...

Conheça o Verão no Clima e sua batalha contra o lixo nas praias paulistas
Conheça o Verão no Clima e sua batalha contra o lixo nas praias paulistas (Foto: Reprodução)

Verão no Clima foca em conscientizar sobre o lixo nas praias Divulgação A chegada do verão traz um aumento significativo do fluxo de turistas no litoral paulista e uma preocupação se intensifica: o acúmulo de lixo nas praias. Para enfrentar esse desafio, o Governo de São Paulo criou no início de 2025 o projeto Verão no Clima, uma iniciativa que vai muito além de simples mutirões de limpeza, buscando transformar a consciência ambiental da população através da educação e do engajamento comunitário. O evento vai percorrer as 16 cidades litorâneas de SP de dezembro a março, começando por Itanhaém, no dia 13 de dezembro. Depois, o projeto segue a partir de janeiro de 2026 para as cidades de Cubatão, Peruíbe, Bertioga, Ilha Comprida, Praia Grande, Ubatuba, Santos, Guarujá, Caraguatatuba, Mongaguá, São Vicente, Ilhabela, Iguape, São Sebastião e Cananeia. O Problema Durante as férias de verão, as praias de São Paulo recebem milhares de visitantes diariamente. Apesar dos esforços das prefeituras com varrição e coleta, as areias acabam se transformando em verdadeiros depósitos de resíduos: restos de alimentos, fraldas usadas, preservativos, seringas, cotonetes, máscaras, filtros de cigarro, garrafas pet, latinhas, canudos, tampinhas e embalagens de todos os tipos. Esse cenário não é apenas uma questão estética. O acúmulo de lixo atrai vetores de doenças como ratos e baratas, aumentando os casos de enfermidades como bicho geográfico, dengue e viroses. Quando esses resíduos chegam ao mar, os impactos se multiplicam exponencialmente. Os Oceanos em Perigo: Consequências Devastadoras O lixo marinho representa uma das maiores ameaças ambientais da atualidade. Materiais plásticos e sintéticos podem permanecer flutuando por décadas, formando as famosas "ilhas de lixo" no meio dos oceanos. Quando se fragmentam, geram microplásticos que já foram encontrados no sangue, coração, fígado, intestinos, pulmões, testículos, cérebro, placenta e até no leite materno humano. Para a vida marinha, as consequências são ainda mais dramáticas. Animais podem se emaranhar em redes de pesca abandonadas, ingerir resíduos que obstruem seu sistema digestório ou sofrer lesões fatais por materiais pontiagudos. A chamada "pesca fantasma", causada por equipamentos de pesca descartados inadequadamente, continua capturando e matando organismos marinhos indefinidamente. A Estratégia do Verão no Clima Diante desse cenário alarmante, o projeto Verão no Clima adota uma abordagem inovadora. Em vez de apenas limpar as praias, a iniciativa foca na raiz do problema: a educação ambiental da população. Para a secretária da Semil, Natália Resende, “o Verão no Clima mostra que preservação ambiental não é um gesto isolado, é um compromisso coletivo que precisa ser renovado diariamente”. “Todos os anos vamos para as praias para reforçar a importância do descarte correto dos resíduos, de aproveitarmos o verão sem poluir e prejudicar as nossas praias e nossa biodiversidade. Nessa temporada, estamos ampliando a abrangência do projeto e levando essa mensagem tão importante às 16 cidades do nosso litoral”, ressalta. Mais que Limpeza: Transformação Social O projeto não se limita a recolher o lixo já descartado, mas busca transformar comportamentos e criar uma cultura de responsabilidade ambiental compartilhada. As ações incluem: Educação Ambiental: Informação e sensibilização sobre os impactos dos resíduos Atividades Culturais e Esportivas: Atração do público através do entretenimento Parcerias Locais: Envolvimento de todos os setores da sociedade Impactos Econômicos e Sociais Além dos benefícios ambientais, o projeto reconhece que praias limpas e preservadas favorecem o turismo e, consequentemente, a economia local. Paisagens naturais íntegras são fundamentais para manter a atratividade turística das cidades litorâneas, gerando empregos e renda para as comunidades. Uma Responsabilidade Constitucional O projeto fundamenta-se no princípio constitucional de que todos são responsáveis pelo meio ambiente. Como estabelece a Constituição Federal, a preservação ambiental é um dever de indivíduos, coletivos, governos, empresas, organizações não governamentais e universidades. Parceiros e Apoio O Verão no Clima é patrocinado pela Sabesp, por meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte e da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), e tem apoio da Prefeitura de Itanhaém, da Cetesb, Fundação Florestal, Polícia Ambiental do Estado de São Paulo, do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, do Conselho Regional de Arquitetura (CREA-SP) e da Circular Brain. A realização é do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Diretoria de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).

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