Incêndio em penitenciária de Marília começou após detento atear fogo aos próprios pertences, diz SAP
O incêndio na Penitenciária de Marília (SP) começou após um detento atear fogo aos próprios pertences. A informação é da Secretaria da Administração ...
O incêndio na Penitenciária de Marília (SP) começou após um detento atear fogo aos próprios pertences. A informação é da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). 📲 Participe do canal do g1 Bauru e Marília no WhatsApp As chamas atingiram inicialmente o setor de inclusão, local destinado a presos recém-chegados ou separados temporariamente da massa carcerária para avaliação inicial ou questões de segurança. (CORREÇÃO: ao publicar esta reportagem, o g1 errou ao exibir vídeos como se fossem do incêndio na Penitenciária de Marília. Na verdade, as imagens eram de chamas na cadeia de Lucélia, há sete anos. A informação foi corrigida às 17h47.) LEIA TAMBÉM: Incêndio na penitenciária de Marília: veja o que se sabe sobre o caso A fumaça tóxica se espalhou rapidamente, provocando as mortes de sete presos. Outras 12 pessoas sofreram intoxicação, sendo sete presos e cinco agentes penitenciários. Abaixo, os nomes e idades dos detentos mortos durante o incêndio: Doildo Diego Pires - 35 anos Wallace Ferreira Dos Reis - 22 anos Charles Andrey Souto Silva - 44 anos Wender Felipe Maciel - 25 anos Matheus Gregorio Da Silva - 22 anos Caio Vinicius Oliveira - 33 anos Thiago Nascimento De Oliveira - 25 anos Segundo a Prefeitura de Marília, as vítimas foram encaminhadas ao Hospital das Clínicas, à Santa Casa de Marília e às UPAs Norte e Sul. Dois presos receberam alta médica na madrugada desta quarta-feira (26) e retornaram à penitenciária; outros cinco permanecem internados. Todos os servidores intoxicados já tiveram alta. Os policiais penais fizeram o primeiro combate às chamas até a chegada do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Equipes do Baep e da Força Tática apoiaram nos resgates e na evacuação do local. A SAP instaurou procedimento para apurar as circunstâncias do incêndio e acompanha as famílias dos detentos mortos. Em nota, a prefeitura informou que a operação de atendimento contou com o reforço das equipes de saúde e a estratégia de distribuir os feridos entre diferentes unidades de emergência. Incêndio em penitenciária de Marília deixa mortos e feridos Secretaria de Administração Penitenciária (SAP)/Divulgação Ao g1, Luciano Carneiro, diretor regional do Sindicato dos Policiais Penais de São Paulo, afirmou que a unidade opera acima da lotação prevista e destacou os riscos estruturais do prédio. Além disso, relatou que a diretoria e os servidores fizeram de tudo para socorrer os internos, o que ocasionou os seis agentes penitenciários feridos. "Nossa primeira função como policial penal, atualmente, é a ressocialização, é manter a ordem pública. Foi um fato muito triste, muito lamentável", conta em entrevista ao g1. A perícia foi acionada, mas ainda não há informações confirmadas sobre a motivação do detento que iniciou o fogo, nem sobre possíveis falhas estruturais e operacionais que facilitaram a propagação da fumaça. Veja mais notícias da região no g1 Bauru e Marília VÍDEOS: assista às reportagens da região