Justiça libera ‘Japa’, investigada por lavar dinheiro do PCC, para passar Natal e Ano Novo com a família
Justiça concedeu autorização à Karen Tanaka para viajar ao litoral de SP durante Natal e Ano Novo Reprodução e Alexsander Ferraz/A Tribuna Jornal A Justi...
Justiça concedeu autorização à Karen Tanaka para viajar ao litoral de SP durante Natal e Ano Novo Reprodução e Alexsander Ferraz/A Tribuna Jornal A Justiça de São Paulo autorizou que Karen de Moura Tanaka Mori, conhecida como Japa e investigada por lavar dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC), passe as festas de Natal e Ano Novo com a família em Santos, no litoral de São Paulo. Atualmente, ela cumpre medidas cautelares e é monitorada na capital paulista, onde reside. Ela é viúva de Wagner Ferreira da Silva, o 'Cabelo Duro', executado em 2018 e apontado como um dos principais chefes do PCC. Karen foi presa em fevereiro de 2024 com mais de R$ 1 milhão e 50 mil dólares. Investigada por associação criminosa e lavagem de dinheiro, ela teve a prisão convertida em domiciliar por conta do filho. Posteriormente, a prisão foi revogada e foram impostas medidas cautelares - como uso de tornozeleira (veja abaixo) ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Santos no WhatsApp. A decisão da 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital permite que Karen permaneça na residência da mãe durante os dias 20 de dezembro e 5 de janeiro, no Boqueirão, em Santos. O juiz Tiago Ducatti Lino Machado, porém, determinou que sejam cumpridas todas as medidas cautelares, como o uso de tornozeleira e que Karen permaneça na residência no período noturno e em finais de semana e feriados. Veja os vídeos que estão em alta no g1 O pedido da defesa de Karen levou em consideração questões humanitárias e familiares, especialmente em relação à convivência do filho menor com a avó durante as férias escolares e festas de fim de ano. Os advogados de Karen ainda ressaltaram que a sua mãe é idosa e não tem condições físicas de viajar até São Paulo (SP). “Sendo esta a única oportunidade de convivência familiar durante o ano, especialmente no período natalino e de Ano Novo” O juiz e o Ministério Público (MP) ainda entenderam que a liberação não acarretará nenhum prejuízo à instrução criminal. No começo deste mês, a Justiça determinou que a Polícia Civil realize novas investigações sobre a atuação de Karen nos crimes. Investigada Viúva de chefe de facção executado é presa por lavagem de dinheiro no litoral de SP Matheus Croce/TV Tribuna O anúncio da prisão de Karen foi feito durante entrevista coletiva realizada pelo então secretário de segurança pública do estado, Guilherme Derrite, e pelo delegado geral de São Paulo, Artur José Dian, em fevereiro de 2024, durante a Operação Verão. Segundo Dian, as investigações iniciadas em junho de 2023 apontam 'Japa' como uma das principais responsáveis pela lavagem de dinheiro do tráfico de drogas para a facção na Baixada Santista. "Ela fazia a lavagem de dinheiro através de diversas empresas de 'laranjas'. Pegava esse dinheiro e o fazia circular. Os relatórios de informações financeiras levam a milhões de reais", explicou o delegado geral. Mandado foi cumprido na residência de Karen, na capital do estado Reprodução O relatório, elaborado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), mostra que uma empresa criada por Karen registrou uma movimentação de mais de R$ 35 milhões. Na ocasião, foram cumpridos três mandados de busca: em uma residência em Bertioga; em um escritório virtual que era utilizado por 'Japa' para fazer os acordos de lavagem de dinheiro, além do apartamento onde foi detida no Tatuapé, na capital paulista. Viúva de “Cabelo Duro” Viúva de chefe de facção executado é presa por lavagem de dinheiro no litoral de SP Divulgação/Polícia Civil e Reprodução Karen é viúva de Wagner Ferreira da Silva, o 'Cabelo Duro', com quem teve um filho. Silva foi executado em 2018 e era apontado como um dos principais chefes do PCC. Ele também foi investigado por participar de roubos em marinas de luxo e do assassinato de um PM. A polícia apura se Wagner desviou dinheiro ou estaria envolvido nos assassinatos de outros dois membros da facção: Rogério Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano de Souza, o Paca. À época, a defesa dela disse que desconhecia o envolvimento do companheiro com o crime organizado. No entanto, segundo a Polícia Civil, ela já havia se envolvido com outro integrante do PCC conhecido como ‘Juan’, também executado em 2011. VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos