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Preso que provocou incêndio que matou 7 em penitenciária no interior de SP estava isolado por indisciplina

7 presos morrem em incêndio em uma penitenciária de Marília, no interior de SP O detento que provocou o incêndio na Penitenciária de Marília (SP), que dei...

Preso que provocou incêndio que matou 7 em penitenciária no interior de SP estava isolado por indisciplina
Preso que provocou incêndio que matou 7 em penitenciária no interior de SP estava isolado por indisciplina (Foto: Reprodução)

7 presos morrem em incêndio em uma penitenciária de Marília, no interior de SP O detento que provocou o incêndio na Penitenciária de Marília (SP), que deixou sete mortos e 12 feridos, estava em uma cela disciplinar por indisciplina. A informação consta no boletim de ocorrência, registrado na terça-feira (25). No registro policial, consta que o detento que causou o incêndio estava no setor da inclusão, onde o fogo começou, por "motivos de indisciplina". No local, o preso permanece na cela e só pode sair para "atendimentos, banho de sol ou situações específicas". 📲 Participe do canal do g1 Bauru e Marília no WhatsApp No sistema prisional, o setor da inclusão, também chamado de triagem ou admissão, é usado para abrigar presos recém-chegados ou que precisam ser separados temporariamente dos demais internos. Ainda segundo o boletim de ocorrência, o detento colocou fogo nos próprios pertences pessoais que estavam na cela, dando início ao incêndio. Ainda não há informações sobre o objeto usado para iniciar as chamas. A fumaça tóxica causada pelo fogo resultou nas mortes de sete detentos e deixou outros 12 feridos - entre eles, cinco agentes penitenciários. Sete morrem e cinco seguem internados após incêndio na penitenciária de Marília Em depoimento à polícia, o diretor da penitenciária não soube informar se o preso estava sozinho, mas acredita que havia outros detentos na cela. Ele relatou ainda que 14 presos estavam no setor da inclusão e que alguns foram resgatados já desacordados por causa da fumaça. Segundo o delegado responsável pelo caso, Luiz Marcelo Perpeto Sampaio, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Marília, um inquérito policial será aberto para investigar as circunstâncias do início do incêndio. "Parece que o detento já tinha algum tipo de problema de indisciplina, ainda é prematuro, mas estamos ouvindo ainda as pessoas", disse o delegado. O detento que provocou o incêndio foi socorrido e levado ao Hospital das Clínicas de Marília, onde permanece internado e sob escolta da Polícia Penal. O caso foi registrado como homicídio e lesão corporal. Incêndio em penitenciária de Marília deixa 7 mortos e feridos Secretaria de Administração Penitenciária (SAP)/Divulgação O incêndio O incêndio na Penitenciária de Marília começou no fim da tarde de terça-feira, por volta das 17h, após um dos detentos atear fogo aos próprios pertences no setor de inclusão. A fumaça tóxica se espalhou rapidamente, provocando as mortes de sete presos. Abaixo, os nomes e idades dos detentos mortos durante o incêndio: Doildo Diego Pires - 35 anos Wallace Ferreira Dos Reis - 22 anos Charles Andrey Souto Silva - 44 anos Wender Felipe Maciel - 25 anos Matheus Gregorio Da Silva - 22 anos Caio Vinicius Oliveira - 33 anos Thiago Nascimento De Oliveira - 25 anos Agentes penitenciários iniciaram o combate às chamas até a chegada do Corpo de Bombeiros e do Samu. Equipes do Baep e da Força Tática apoiaram o resgate e a evacuação da área. Segundo a Prefeitura de Marília, as vítimas foram encaminhadas ao Hospital das Clínicas, à Santa Casa de Marília e às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Norte e Sul. Dois presos receberam alta médica na madrugada de quarta-feira (26) e retornaram à penitenciária; outros cinco permanecem internados. Todos os servidores intoxicados já tiveram alta. Detento que iniciou incêndio em penitenciária de Marília (SP) estava em cela especial por indisciplina Reprodução/TV TEM Em nota, a SAP informou que instaurou procedimento interno para apurar o caso e que está prestando apoio às famílias dos detentos mortos. A prefeitura destacou que reforçou as equipes de emergência e distribuiu os feridos entre diferentes unidades para agilizar o atendimento. Ao g1, Luciano Carneiro, diretor regional do Sindicato dos Policiais Penais de São Paulo, afirmou que a unidade opera acima da lotação prevista e destacou os riscos estruturais do prédio. Além disso, relatou que a diretoria e os servidores fizeram de tudo para socorrer os internos, o que ocasionou os seis agentes penitenciários feridos. "Nossa primeira função como policial penal, atualmente, é a ressocialização, é manter a ordem pública. Foi um fato muito triste, muito lamentável", conta em entrevista ao g1. A perícia foi acionada e a equipe esteve na penitenciária na quarta-feira (26), mas ainda não há informações confirmadas sobre a motivação do detento que iniciou o fogo, nem sobre possíveis falhas estruturais e operacionais que facilitaram a propagação da fumaça. O g1 questionou o Ministério Público e Defensoria Pública sobre o caso. Em nota, a Defensoria disse que acompanha o caso e que "aguarda a apuração completa dos fatos pelas autoridades responsáveis e se coloca à disposição das famílias para acolhimento, orientação e adoção das medidas jurídicas e administrativas que se fizerem necessárias", diz o texto. O órgão disse ainda que um defensor esteve na unidade na quarta-feira. Já o Ministério Público não se manifestou até a última atualização desta reportagem. Veja mais notícias da região no g1 Bauru e Marília VÍDEOS: assista às reportagens da região

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