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Robinho, Brennand, Nardoni, Cravinhos: Saiba quais detentos já passaram pelo presídio dos famosos

Robinho deixa 'presídio dos famosos' e é transferido para unidade em Limeira A Penitenciária 2 de Tremembé, apelidada de ‘presídio dos famosos’, abriga...

Robinho, Brennand, Nardoni, Cravinhos: Saiba quais detentos já passaram pelo presídio dos famosos
Robinho, Brennand, Nardoni, Cravinhos: Saiba quais detentos já passaram pelo presídio dos famosos (Foto: Reprodução)

Robinho deixa 'presídio dos famosos' e é transferido para unidade em Limeira A Penitenciária 2 de Tremembé, apelidada de ‘presídio dos famosos’, abriga presos envolvidos em casos de grande repercussão no país. O local voltou aos holofotes nos últimos dias com as transferências de dois detentos conhecidos nacionalmente que deixaram a cadeia: o ex-jogador Robinho e o empresário Thiago Brennand. Robinho, que foi condenado a nove anos de prisão por estupro, deixou a P2 de Tremembé nesta segunda-feira (17) e foi transferido para o Centro de Ressocialização de Limeira. Já Brennand, que foi condenado a mais de 20 anos de prisão em quatro processos por violência contra a mulher e estupro, foi transferido na semana passada, deixando o presídio dos famosos para cumprir pena em Guarulhos. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp A P2 de Tremembé recebe presos famosos ou envolvidos em crimes de grande repercussão nacional e que se estivessem em outro presídio correriam risco de vida. Apesar do perfil especializado do lugar, as transferências de Robinho e de Brennand ocorreram a pedido dos advogados de defesa dos dois. LEIA TAMBÉM: Robinho deixa 'presídio dos famosos' em Tremembé e é transferido para unidade em Limeira Robinho vai cumprir pena em centro restrito a réus primários e sem facção Thiago Brennand deixa 'presídio dos famosos' e vai para prisão em Guarulhos Com as saídas recentes, o g1 preparou uma reportagem que mostra o histórico de presos famosos que já passaram pela P2 de Tremembé e recorda a trajetória do espaço, que foi criado para substituir o presídio do Carandiru. Atualmente, a P2 abriga presos famosos como: O ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a mais de 100 anos de prisão por estuprar pacientes; O motorista do Porsche Fernando Sastre, que é acusado de beber, dirigir a mais de 130 km/h e causar acidente que matou motorista de aplicativo; O hacker Walter Delgatti Neto, condenado junto com a deputada Carla Zambelli (PL-SP) pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ); e Lindemberg Alves, condenado pela morte da jovem Eloá. Robinho, Brennand, Nardoni, Cravinhos: Saiba quais detentos já passaram pelo presídio dos famosos Foto 1 e Foto 2: Conselho da Comunidade/Reprodução | Foto 3: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo/Arquivo | Foto 4: Carlos Dias/g1 Além deles, diversos outros condenados conhecidos nacionalmente já cumpriram pena na P2 de Tremembé, veja: O ex-jogador de futebol Robinho, que cumpre pena por estupro; O empresário Thiago Brennand, que foi condenado em quatro processos de violência contra a mulher e tem sentenças que somadas ultrapassam 20 anos de prisão; Alexandre Nardoni, condenado pela morte da filha Isabella; Mizael Bispo, que cumpriu pena por matar Mércia Nakashima; Gil Rugai, condenado pela morte do pai e da madrasta; Edinho, filho do Pelé, condenado por lavagem de dinheiro e tráfico de drogas; Os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, condenados pela morte do casal Richthofen; Ex-senador Luiz Estevão, condenado por falsificação de documento público; Jornalista Pimenta Neves, condenado por assassinar a tiros a jornalista Sandra Gomide; e Fabinho Fontes, ex-jogador do Corinthians, suspeito de abusar sexualmente de uma menina. Vista interna do Pavilhão 1 da Penitenciária 2 de Tremembé, onde Robinho estava preso Reprodução/Defensoria Pública de São Paulo Tremembé x massacre do Carandiru Faz 23 anos que Tremembé, cidade localizada a 172 quilômetros de distância da capital paulista, foi escolhida para manter o ‘presídio dos famosos’. A seleção do local ocorreu após o massacre que aconteceu em Carandiru. Em 1992, houve uma rebelião no presídio Carandiru, na Zona Norte da cidade de São Paulo. Foi feita uma intervenção da Polícia Militar para conter os rebeldes, mas o desfecho da situação foi uma chacina em que 111 detentos morreram. Após a tragédia,Tremembé foi escolhida para abrigar uma penitenciária focada na recepção de presos envolvidos em casos de grande repercussão nacional. O espaço escolhido foi a Penitenciária 2 “Dr. José Augusto Salgado”, que já existia na cidade desde 1948. Após estudos, adaptações e preparação das equipes carcerárias, em abril de 2002, dez anos após o massacre de Carandiru, a P2 de Tremembé começou oficialmente a operar como um local especializado em receber detentos que pela profissão que exerciam ou por alguma outra razão, corriam risco de vida em outras unidades prisionais. O padrão adotado pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) na P2 de Tremembé tem o objetivo de garantir a segurança e a privacidade dos internos. Não há mudança nos procedimentos e tratamento aos presos com relação às demais unidades do estado de SP. A diferença é no perfil dos presos nas unidades, a fim de evitar conflitos. Campo de futebol de terra da P2 de Tremembé Reprodução/Google O dia a dia na P2 Na P2, os presos fazem as refeições diárias nas celas e têm direito ao banho de sol. A penitenciária é equipada com cozinha, igreja, sala de aula, biblioteca, campo de futebol, horta, além das fábricas da Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap). Mesmo no regime fechado, os presos podem trabalhar na unidade. Dentro da P2 funcionam as fábricas de carteira e cadeiras escolares, fechaduras e de pastilhas desinfetantes para vaso sanitário, entre outros ramos. Nas oficinas da Funap, os presos realizam cursos de capacitação e qualificação profissional e atuam com a mão de obra em serviços para empresas e governos municipais, por exemplo. Além de funcionar como aprendizado de um ofício, as oficinas da Funap são uma forma de reduzir a pena. Pelo programa de remição de pena pelo trabalho, a cada três dias trabalhados, o preso pode abater um dia de pena, desde que seja autorizado pela Justiça. Os presos também têm acesso a cursos de teatro e oficinas, como leitura e origami. A biblioteca do local é equipada com mais de 7,5 mil títulos. Biblioteca da Penitenciária 2 de Tremembé, onde Robinho estava preso Reprodução/Defensoria Pública de São Paulo Transferência para Potim O governo de São Paulo decidiu transferir os presos da Penitenciária 2 de Tremembé, no interior do estado, para outra unidade e mudar o perfil dos detentos da P2. A cadeia deixará de abrigar criminosos condenados em casos de grande comoção social e passará a receber apenas presos em regime semiaberto. O Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou que foi “cientificado sobre a mudança”. O g1 apurou que o destino dos presos de Tremembé será a Penitenciária 2 de Potim, a 34 quilômetros de distância e mais longe da capital paulista. Não há data definida para que as transferências sejam concluídas, mas o g1 apurou que todo processo – que envolve também o deslocamento de presos de Potim para outras unidades do estado – deve ser concluído até o fim de novembro. Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, a P2 de Tremembé, no interior de São Paulo Laurene Santos/TV Vanguarda Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina

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